
Um casal se separa por decisão da mulher. A partir daí cada um dos cônjuges percorre uma trilha diferente, com descobertas, ressignificações e questionamentos sobre as posições antes ocupadas no casamento e na vida. A “casa comum” é uma bela metáfora sobre os efeitos de uma constatação importante, aludida na epígrafe de Goethe: o que no passado atraiu um parceiro ao outro, tornou-se justamente o elemento que tornou insuportável o relacionamento. No final da tarde, se os dois parceiros se reencontrarem no instante em que a mulher voltar para buscar o automóvel estacionado na porta da casa e o homem estiver saindo, levando consigo o bilhete de despedida que ela deixou, se esse encontro será “o momento feliz” em “que despertarão juntos”, ambos terão sido transformados em algo muito diferente do que um dia foram.
Escrito com o talento literário e poético que destaca Kaio Carmona como uma voz singular no cenário atual da literatura no Brasil, A casa comum arrebata o leitor do início ao fim, convidando-o a se reconhecer na esperança e na inquietude que compõem os (des)encontros amorosos.
(texto de Ana Cecília Carvalho)
A CASA COMUM (2020, editora Quixote+Do)


Um casal se separa por decisão da mulher. A partir daí cada um dos cônjuges percorre uma trilha diferente, com descobertas, ressignificações e questionamentos sobre as posições antes ocupadas no casamento e na vida. A “casa comum” é uma bela metáfora sobre os efeitos de uma constatação importante, aludida na epígrafe de Goethe: o que no passado atraiu um parceiro ao outro, tornou-se justamente o elemento que tornou insuportável o relacionamento. No final da tarde, se os dois parceiros se reencontrarem no instante em que a mulher voltar para buscar o automóvel estacionado na porta da casa e o homem estiver saindo, levando consigo o bilhete de despedida que ela deixou, se esse encontro será “o momento feliz” em “que despertarão juntos”, ambos terão sido transformados em algo muito diferente do que um dia foram.
Escrito com o talento literário e poético que destaca Kaio Carmona como uma voz singular no cenário atual da literatura no Brasil, A casa comum arrebata o leitor do início ao fim, convidando-o a se reconhecer na esperança e na inquietude que compõem os (des)encontros amorosos.
(texto de Ana Cecília Carvalho)
A CASA COMUM (2020, editora Quixote+Do)